quinta-feira, 9 de julho de 2015

A história do piso de caquinhos das Casas Paulistas

A história do piso de caquinhos das casas paulistas (via Biblioteca da FAU-USP)

Pode algo quebrado valer mais que a peça inteira? Aparentemente não. Mas no Brasil já aconteceu isto, talvez pela primeira vez na história da humanidade. Vamos contar esse mistério.
Foi na década de 40 / 50 do século passado. Voltemos a esse tempo. A cidade de São Paulo era servida por duas indústrias cerâmicas principais. Um dos produtos dessas cerâmicas era um tipo de lajota cerâmica quadrada (algo como 20x20cm) composta por quatro quadrados iguais. Essas lajotas eram produzidas nas cores vermelha (a mais comum e mais barata), amarela e preta. Era usada para piso de residências de classe média ou comércio.
Foto: Mika Lins
No processo industrial da época, sem maiores preocupações com qualidade, aconteciam muitas quebras e esse material quebrado sem interesse econômico era juntado e enterrado em grandes buracos.
Nessa época os chamados lotes operários na Grande São Paulo eram de 10x30m ou no mínimo 8 x 25m, ou seja, eram lotes com área para jardim e quintal, jardins e quintais revestidos até então com cimentado, com sua monótona cor cinza. Mas os operários não tinham dinheiro para comprar lajotas cerâmicas que eles mesmo produziam e com isso cimentar era a regra.
Certo dia, um dos empregados de uma das cerâmicas e que estava terminando sua casa não tinha dinheiro para comprar o cimento para cimentar todo o seu terreno e lembrou do refugo da fábrica, caminhões e caminhões por dia que levavam esse refugo para ser enterrado num terreno abandonado perto da fábrica. O empregado pediu que ele pudesse recolher parte do refugo e usar na pavimentação do terreno de sua nova casa. Claro que a cerâmica topou na hora e ainda deu o transporte de graça pois com o uso do refugo deixava de gastar dinheiro com a disposição.
Agora a história começa a mudar por uma coisa linda que se chama arte. A maior parte do refugo recebida pelo empregado era de cacos cerâmicos vermelhos mas havia cacos amarelos e pretos também. O operário ao assentar os cacos cerâmicos fez inserir aqui e ali cacos pretos e amarelos quebrando a monotonia do vermelho contínuo. É, a entrada da casa do simples operário ficou bonitinha e gerou comentários dos vizinhos também trabalhadores da fábrica. Ai o assunto pegou fogo e todos começaram a pedir caquinhos o que a cerâmica adorou pois parte, pequena é verdade, do seu refugo começou a ter uso e sua disposição ser menos onerosa.
Mas o belo é contagiante e a solução começou a virar moda em geral e até jornais noticiavam a nova mania paulistana. A classe média adotou a solução do caquinho cerâmico vermelho com inclusões pretas e amarelas. Como a procura começou a crescer a diretoria comercial de uma das cerâmicas descobriu ali uma fonte de renda e passou a vender, a preços módicos é claro pois refugo é refugo, os cacos cerâmicos. O preço do metro quadrado do caquinho cerâmico era da ordem de 30% do caco integro (caco de boa família).
Até aqui esta historieta é racional e lógica pois refugo é refugo e material principal é material principal. Mas não contaram isso para os paulistanos e a onda do caquinho cerâmico cresceu e cresceu e cresceu e , acreditem quem quiser, começou a faltar caquinho cerâmico que começou a ser tão valioso como a peça integra e impoluta. Ah o mercado com suas leis ilógicas mas implacáveis.
Aconteceu o inacreditável. Na falta de caco as peças inteiras começaram a ser quebradas pela própria cerâmica. E é claro que os caquinhos subiram de preço ou seja o metro quadrado do refugo era mais caro que o metro quadrado da peça inteira… A desculpa para o irracional (!) era o custo industrial da operação de quebra, embora ninguém tenha descontado desse custo a perda industrial que gerara o problema ou melhor que gerara a febre do caquinho cerâmico.
De um produto economicamente negativo passou a um produto sem valor comercial a um produto com algum valor comercial até ao refugo valer mais que o produto original de boa família…
A história termina nos anos sessenta com o surgimento dos prédios em condomínio e a classe média que usava esse caquinho foi para esses prédios e a classe mais simples ou passou a ter lotes menores (4 x15m) ou foram morar em favelas.
São histórias da vida que precisam ser contadas para no mínimo se dizer:
– A arte cria o belo, e o marketing tenta explicar o mistério da peça quebrada valer mais que a peça inteira
Fonte: http://betobertagna.com/2013/03/09/a-historia-do-piso-de-caquinhos-das-casas-paulistas-via-biblioteca-da-fau-usp/

domingo, 5 de julho de 2015

QUE TIPO DE PROFESSOR VOCÊ É ?


QUE TIPO DE PROFESSOR VOCÊ É?       MUITO DIVERTIDO?  



1) O Professor reclamão – Sentar ao lado deste é terrível, você pode perder minutos preciosos ouvindo o mesmo reclamar do salário, dos alunos, dos chefes, do trânsito, do tempo, evite-o!

2) O Professor Don Juan – Esse é especialista em cantar as colegas, dá no minimo uma cantada por noite em cada mulher que cruza seu caminho, por vezes dá certo e ele sente prazer imenso de compartilhar suas conquistas para o colegiado e corpo acadêmico.

3) A Professora Bonita – Essa é vitima frequente do assédio do Don Juan e demais desavisados, sofre na pele o preconceito de ser bela, passa anos tendo que provar que é algo mais do que um rosto bonito, por mais competente que seja alguém sempre vai dizer, se fosse feia não faria tanto sucesso!. Seu maior defeito é ser bonita.

4) O Professor Porco Espinho – Esse mal fala com os colegas, ao se apresentar em uma turma avisa logo aos alunos que não gosta de muita conversa, no fundo a intenção deste parece ser que ninguém perceba que ele é fraco.

5) O Professor Motivador – Esse sabe o que faz, domina a turma como poucos, sua vivência profissional o faz perceber todas as nuances entre os que o cercam, sempre sabe o que falar e quando falar, é um líder nato. Inspire-se nele!

6) O Professor Sabotador – Esse é terrível, sente prazer em entrar na sala antes do professor do horário e dizer pra turma -Preparem-se que hoje fulano vai fazer prova surpresa, imaginem como fica o ânimo dos acadêmicos em uma situação como essa? Em outros casos é possível vê-lo cercado de alunos pelos cantos e esquinas próximo à faculdade, pode ter certeza que ele está desconstruindo a imagem de alguém, provavelmente da Professora Bonita ou do Motivador. Esse tem as horas contadas nas Instituições, a demissão dele faria bem para o ambiente.

7) O Professor Invisível – Entra e sai das salas e Instituições e sequer é percebido, geralmente sofre com a baixa auto-estima. Ajude-o.

8) O Professor Engraçadinho – Adora colocar apelidos nos colegas, sempre tem uma piada sem graça na ponta da língua e geralmente se irrita quando é o alvo da brincadeira.

9) O Professor Desleixado – Esse nunca cumpre com os horários e prazos, sempre justifica dizendo que não houve tempo suficiente pra executar a tarefa, que esse não é o papel dele, está ali para ministrar aula e não cumprir burocracias.

10) A Professora Helena – Essa é especialista em tentar resolver o problema dos alunos, passa mais tempo cuidando da vida dos outros do que mesmo da sua, é capaz de dar nota a alguém pelo simples fato do mesmo ter faltado por estar doente, lembro de uma que ao ser questionada por um colega disse que passaria uma aluna pois a mesma tinha perdido a mãe e por isso estava muito triste e segundo ela não merecia ser reprovada, mesmo sem ter a minima condição de ser aprovada!

11) O Professor Inspirador – Esse é um Professor Nato, é capaz de inspirar gerações e sempre será lembrado por seus alunos, infelizmente tenho visto cada vez menos esse tipo de professor…

12) A Professora Noveleira – Geralmente concentram-se em grupos e passam o intervalo e parte do inicio do horário de aula discutindo se a Glória Pires merece ou não morrer na novela.

13) A Professora Espevitada – Essa é aquela da fala esganiçada e parece sempre estar com a pilha nova, pinota de um lado pra outro onde esteja….foco não é seu forte.

14) A Diretora Mau Humorada – Essa está sempre mais preocupada em atingir índices que agradem seus superiores do que agradar seus comandados e acadêmicos, faça qualquer coisa mais não pise nos seus calos pois a retaliação é certa, se for em publico então, melhor ainda pra ela.

15) O Professor Desmotivador – Esse é capaz de exterminar uma turma inteira, geralmente não tem experiencia prática nenhuma na sua área, é apenas um fanfarrão disfarçado, seu currículo é tão estéril quanto uma mula, porem costuma fazer muito sucesso com os grupos desmotivados, suas citações são exaustivamente repetidas por aqueles que querem arrumar uma desculpa para não fazer nada, quer um conselho, fuja desse!

16) O Professor Bacana – Esse é o Amigãozão da galera! Adora promover as festinhas de confraternização entre os acadêmicos e demais colegas, porem muda de grupo de amigos com uma rapidez incrível geralmente é dado a formar panelinhas o que acaba gerando grupos paralelos nas equipes.

17) A Professora Cozinheira - passa os dias ensinando as amigas a cozinhar, é uma troca de receitas que não acaba nunca!

18) O Professor professor – Ensina muito bem sua disciplina, porem não espere mais nada alem disso, a motivação já o abandonou faz tempo.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Maria Vai com as Outras


 


Era uma vez uma ovelha chamada Maria. Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também. As ovelhas iam para baixo, Maria ia também. As ovelhas iam para cima, Maria ia também.
Um dia, todas as ovelhas foram para o Pólo Sul. Maria foi também. E atchim! Maria ia sempre com as outras.
Depois todas as ovelhas foram para o deserto. Maria foi também.
- Ai que lugar quente!
As ovelhas tiveram insolação. Maria teve insolação também. Uf! Uf! Puf!
Maria ia sempre com as outras.
Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de ervilhas. Maria detestava ervilhas. Mas, como todas as ovelhas comiam ervilhas, Maria comia também. Que horror!
Foi quando de repente, Maria pensou: “Se eu não gosto de ervilhas, por que é que eu tenho que comer salada de ervilhas?”. Maria pensou, suspirou, mas continuou a fazer o que as outras faziam.
Até que as ovelhas resolveram saltar do alto do monte para dentro da lagoa. Todas as ovelhas saltaram. Saltava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: “mé!”. Saltava outra ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra e chorava: “mé!”.
E assim quarenta e duas ovelhas saltaram, quebraram o pé, chorando “mé, mé, mé”! Chegou a vez de Maria saltar. Ela recuou, entrou num restaurante e comeu uma feijoada.
Agora, “mé!”, Maria vai para onde caminha o seu pé.