sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Calendário 2015 em LIBRAS











As lágrimas

 As lágrimas
Baseado na revista Seleções do Rider’s Digest,
de 12/98 - Longe, na Manjedoura
Existem pessoas que afirmam terem uma grande dificuldade para chorar. Algumas, com certa inveja, comentam sobre a facilidade de outras em demonstrar sentimentos através das lágrimas.

Há quem acredite que as lágrimas são próprias da feminilidade, que atestam fraqueza, fragilidade.

Lemos, recentemente a história de um pai que não conseguia chorar e foi surpreendido pela pergunta de seu filho de 5 anos:

- Pai, por que nunca vi você chorar?

Que poderia ele responder? Talvez fossem seus anos de raiva, tristeza e até alegria engolidas, que o impedissem de se expressar com lágrimas, ou talvez porque fora educado com os conceitos de que o homem não deve chorar.

A verdade é que aquele pai sofria de problemas de depressão, com os quais lutava há tempos e somente respondeu:

- Filho, lágrimas fazem bem para meninos e meninas. Fico feliz que você possa chorar sempre que está triste. Os pais, às vezes, têm dificuldade para mostrar como sentem. Talvez eu possa melhorar algum dia.

Nos dias que se seguiram, o pai orou intensamente a Deus rogando por alguma coisa que o fizesse sentir-se melhor.

Aproximava-se o Natal com todo seu encanto e magia. O diretor da escola perguntou se Patrick, o garoto de 5 anos, poderia cantar uma estrofe de uma canção Natalina, em um culto na igreja.

Naturalmente, os pais se encheram de entusiasmo. O filho tinha pendores para a música. Estudava piano desde os 4 anos de idade. Gostava de cantar.

À medida que os dias iam sendo marcados no calendário, dando ciência da proximidade do evento, pais e filho começaram a ficar assustados.

O menino começou a temer não conseguir e o pai, principalmente o pai compareceu à cerimônia religiosa na véspera de Natal, com expectativas limitadas.

Colocou-se no lugar do filho e imaginou que jamais ele enfrentaria um microfone e uma igreja com centenas de pessoas.

O garoto, vestido de branco, aproximou-se do microfone e começou a entoar as notas uma a uma. Eram versos lindos que enchiam o espaço e os corações.

O pai contemplou o menino e sentiu-se invadir por uma onda de ternura. O que seu filho cantava tinha sabor de eternidade, uma beleza sem par.

Parecia-lhe que um anjo se corporificara ali, perante a congregação, para brindar a todos com um presente especial de Natal. Então, grossas lágrimas surgiram nos olhos naquele pai. A canção terminou e ele buscou o filho, ainda nos corredores.

Ajoelhou-se, para ficar do tamanho dele e penetrou com o seu o olhar azul do filho.

- Patrick, você se lembra de quando me perguntou por que nunca me tinha visto chorar?

O menino afirmou com a cabeça.

- Bem, estou chorando agora. Seu canto foi tão lindo que me fez chorar.

O garoto sorriu, feliz, e atirou-se nos braços do pai, dizendo-lhe ao ouvido enquanto o estreitava fortemente:

- Às vezes, a vida é tão bonita que a gente tem de chorar.

***

Por temperamento nos retraímos em muitas circunstâncias, quando deveríamos exteriorizar os sentimentos que nos invadem.

Todos detemos a capacidade dos melhores sentimentos de amor. Expressá-los, permitir que outros compartilhem das nossas emoções, das alegrias ou das dores que nos invadam o íntimo, é também exercício de humildade e fraternidade.

Quando nos sentirmos tocar nas fibras mais delicadas de nosso ser, pela música, um gesto de carinho, uma conquista dos nossos pequenos, permitamo-nos a visita das lágrimas doces, expressão do amor que alimenta outros amores, sem vergonha, porque ninguém evolui realmente sem o cultivo dos sentimentos mais edificantes.

Fonte:http://www.armazemdesonhos.com.br/NataldeSonhos/contos-fabulas/natal/textos/aslagrimas.htm

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

10 frutas nativas brasileiras que você precisa provar ....

10 frutas nativas brasileiras que você precisa provar antes de morrer




Você sabia que das 20 frutas mais comercializadas no Brasil, apenas três são nativas de nosso país?
É contraditório pensar que um dos países mais ricos em biodiversidade do mundo consuma tão poucas frutas nativas. O impacto disso é a ameaça de extinção de diversas espécies, que aos poucos, estão sendo esquecidas da memória e desaparecendo do mapa.
Para o botânico Ricardo Cardim, é preciso mudar a concepção cultural e agronômica: “Podemos começar a divulgar e cultivar nas cidades os frutos nativos, de forma a resgatarmos sabores esquecidos e ajudarmos no reequilíbrio ecológico urbano. Plantar árvores frutíferas nativas da região é um método eficaz de atrair a biodiversidade e tornar as cidades mais acolhedoras”, diz o botânico em seu blog, Árvores de São Paulo.
Abaixo Cardim lista dez frutas nativas dos biomas ameaçados Cerrado e Mata Atlântica que poderiam entrar para o cardápio (e jardins) dos brasileiros.

1. Gabiroba (Campomanesia pubescens)

Foto: Wikimedia/CC3.0
Também conhecida como guabiroba, guavira ou araçá-congonha,  é um arbusto com fruto arredondado, de coloração verde-amarelada, com polpa esverdeada, suculenta, envolvendo diversas sementes e muito parecido com uma goiabinha. Ela pode ser consumida ao natural ou na forma de sucos, doces e sorvetes e ainda serve para fazer um apreciado licor. A gabiroba pode ser encontrada nos cerrados das regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. No sul do Brasil, na região norte e oeste do Paraná além da variedade de cerrado, dissemina-se também a variedade arbórea que alcança vários metros de altura, produzindo frutos com sabor e aparência da variedade de campo, porém quando maduros apresentam a cor amarela.


2. Tarumã-do-cerrado (Vitex polygama)

Foto: Museu Nacional UFRJ
Também conhecida como tarumã-boritarumã-de-fruta-azulmaria-pretamarianeiravelame-do-campo ou mameira, a árvore, proveniente do bioma do Cerrado, possui de seis a 20 metros de altura. Seus frutos, adocicados e com sabor agradável, assemelham-se a uma azeitona-preta e fazem a alegria de pássaros como periquitos e papagaios. Podem ser utilizados para fazer bebidas como vinho, licor e sucos, ou doces, como geleias ou caldas. Esta espécie é muito eficiente se usada na recomposição de áreas degradadas e pode ser utilizada no paisagismo de praças e jardins públicos.


3. Perinha-do-cerrado (Eugenia klotzschiana)

Foto: João Medeiros/Wikimedia CC2.0
Também conhecida como pêra do campoperinha do campocabacinha ou cabamixá-açú, o arbusto é nativo dos campos e Cerrados de praticamente todo o Brasil. Os frutos podem ser utilizados em sucos batidos com leite ou para fazer sorvetes, bolos e geleias. A planta, dificilmente encontrada nos dias de hoje, não pode faltar em projetos de recuperação dos Cerrados.


4. Grumixama (Eugenia brasiliensis)

Foto: Wikimedia/B.navez CC3.0
Também conhecida como cumbixabaibaporoiti ou cereja-brasileira, a árvore de até 15 metros de altura é nativa da Mata Atlântica e era encontrada desde a Bahia até Santa Catarina. Seus frutos, que atraem muitos pássaros, possuem até duas sementes, e seu sabor assemelha-se bastante com o da cereja.


5. Uvaia (Eugenia uvalha)

Foto: Cfrg.org/Anestor Mezzomo
A árvore, também conhecida por uvalha ou uvaieira, tem de seis a 13 metros de altura. A espécie, proveniente da Mata Atlântica, ocorre nos estados de Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. A uvaia tem aroma suave e agradável e possui alto teor de vitamina C (até quatro vezes mais do que a laranja). É muito utilizada para fazer sucos e largamente cultivada em pomares domésticos. Sua casca, na cor amarelo-ouro, é ligeiramente aveludada e  sua polpa muito delicada. Um dos grandes problemas desta fruta é que ela amassa, oxida e resseca com facilidade, por isso, não é muito encontrada em supermercados.


6. Jerivá (Syagrus romanzoffiana)

Foto: Mauro Guanandi/Wikimedia CC2.0
Também chamado baba-de-boicoqueiro-jerivácoquinho-de-cachorro e jeribá, a árvore é uma palmeira nativa da Mata Atlântica. Sua fruta, conhecida como “coquinho”, é amarela, ovalada e não passa de três centímetros de comprimento. O "coquinho" é muito apreciado por animais, como papagaios, maritacas ou mesmo por cachorros. A fruta também pode ser consumido pelos humanos batendo-se com pedras para alcançar as suas amêndoas, o que era feito frequentemente por crianças no passado.


7. Sete-capotes (Campomanesia guazumifolia)

Foto: HuertasUrbanas.com
Também conhecido por guabiroba verdesete-cascassete-capassete-casacascapoteiraaraçá-do-mato ou araçazeiro-grande, o sete-capotes é uma importante árvore frutífera silvestre, com frutos doces e comestíveis, apreciados pelo homem e pela fauna. Seu fruto, que quando maduro possui coloração verde-clara, pode ser consumido naturalmente ou aproveitados em doces e na elaboração de sucos e sorvetes (neste caso deve-se separar a polpa da semente). A árvore, que mede até seis metros de altura, é muito bonita, especialmente pela exuberância de suas flores e folhas.


8. Cambuci (Campomanesia phaea)

Foto: slowfoodsp
O cambucizeiro, árvore da Mata Atlântica originalmente encontrada na Serra do Mar, chegou a estar em perigo de extinção pelo uso excessivo de  sua madeira e pelo alto crescimento urbano da região. O cambuci era muito abundante na cidade de São Paulo, chegando a dar nome a um de seus bairros tradicionais. Após um forte movimento para trazer o cambuci de volta para a região (veja aqui), a espécie está sendo preservada.
O nome cambuci é de origem indígena e deve-se ao formato de seus frutos, semelhantes a potes de cerâmica, que recebem o mesmo nome. Ricas em vitaminas, suas frutas têm um perfume intenso e adocicado, mas seu sabor é ácido como o do limão. Por essa razão, poucos apreciam consumi-la in natura. A fruta pode ser utilizada na produção de geleias, sorvetes, sucos, licores, mousse, sorvete, bolo, além do tradicional suco.


9. Cagaita (Eugenia dysenterica)

Foto: Wikimedia CC3.0
A cagaiteira é uma bela árvore, proveniente do Cerrado, que pode chegar a ter oito metros de altura. Seu fruto é pequeno com casca amarelo esverdeada, polpa suculenta e ácida e apresenta até quatro sementes no seu interior. Apesar de seu agradável sabor ácido e textura macia, a cagaita não deve ser consumida em grandes quantidades, pois tem um forte efeito laxativo. Além das atribuições medicinais e de produzir um suco muito saboroso, o fruto, rico em vitamina C e antioxidantes, é utilizado na fabricação de sorvetes. A polpa, com ou sem a casca, é energética, com baixo teor calórico.


10. Melancia-do-cerrado (Melancium campestre)

Foto: João Medeiros / Wikimedia CC2.0
Também conhecida como melancia do campomelancia-de-tatucabacinha do campocabacuí oucaboi-curai, esta espécie rasteira que já foi muito comum no Cerrado, hoje já é considerada rara. Seu fruto se assemelha muito com o da melancia por fora, porém ela possui uma penugem em sua casca. Os frutos possuem casca grossa, com aproximadamente 90 sementes envoltas numa polpa gelatinosa amarelada (veja aqui). Embora seja ácida, a fruta pode ser consumida in natura, ou utilizada em forma de geleias e sucos. A planta não pode faltar em projetos de reflorestamento de ambientes campestres dos Cerrados pois seus frutos são muito apreciados pelos animais.
Que tal plantar um pé de uma árvore frutífera dessas em seu quintal? No site Colecionando Frutas você consegue encontrar estas e outras espécies nativas difíceis de serem encontradas.

Mayra Rosa - Redação CicloVivo

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Por que a criança precisa de um livro ilustrado?



Especialistas explicam por que a ilustração é tão importante na narrativa e dão dicas de como escolher...


Pesquisa recente sobre ensino na França concluiu que os alunos de melhor desempenho não são aqueles que leram os clássicos. A informação causou alvoroço durante a palestra de Sophie van den Linden, crítica de literatura infantil de passagem por São Paulo em razão do lançamento de sua obra, "Para ler o livro ilustrado" (Cosac Naify), no ano passado. Alvoroço, porque ia de encontro a um dos dogmas mais bem fundamentados através dos tempos sobre leituras obrigatórias desde tenra idade. Foi quando Sophie apresentou a ideia que dá base ao seu trabalho: "O importante é permitir aos filhos o acesso aos mais variados estilos de leitura e o prazer de escolher o que desejam ler", disse a especialista francesa. E acalmou a plateia.
Especial Importância da Leitura 
Ler é um hábito poderoso que nos faz conhecer mundos e ideias. Descubra a importância da leitura para todas as idades! 
O livro de Sophie van den Linden, aliás, é uma Bíblia sobre o livro ilustrado - e causa, ele próprio, assombro ao destacar a riqueza e a singularidade da produção desse tipo de literatura ao redor do mundo. Desde o primeiro trabalho que associou texto e imagem para contar uma história (Rodolphe Töpffer, em litografia, 1835) ao editor (Hetzel) que se interessou de modo inédito em divulgar obras exclusivas para o leitor infantil (1860), muito já se inovou nesse universo literário. "Hoje, ler um livro ilustrado não significa ler texto e imagem, é isso e muito mais", salientou Sophie. "É apreciar o formato, o uso de um enquadramento, a relação entre a capa e as guardas e os seus conteúdos, a articulação da poesia do texto com a poesia do desenho...".

E por aí vai. A criança, que de boba não tem nada, dá atenção a tudo isso de modo espontâneo, ela que percebe o mundo ao redor a partir das imagens. "No dia a dia com as minhas filhas de 3 e 5 anos, eu tento ler uma história, mas não dá certo, elas querem de todo jeito acompanhar a narrativa com a ilustração que existe em cada página...", revela Júlia Schwartz, editora da linha infanto-juvenil da Companhia das Letras. À medida que o tempo passa, porém, os pequenos crescem e perdem essa comunicação direta com o mundo visual. "Em geral, somos estimulados a ler apenas o texto, a se concentrar nele... O livro ilustrado serve para desenvolver a nossa educação visual que é muito precária", opina Isabel Lopes Coelho, diretora editorial do núcleo infanto-juvenil da Cosac Naify. Mais: ao transformar a ideia, o conceito, em algo concreto, o livro ilustrado alimenta a fantasia, realçando o seu papel de leitura obrigatória desde a infância. Por uma simples razão: "A imaginação é um componente da inteligência e da criatividade", lembra Neide Barbosa Saisi, psicóloga e professora da Faculdade de Educação da PUC-SP.

Uma das qualidades do livro ilustrado (ou livro imagem) está, portanto, em treinar o olhar do leitor de modo a que ele compreenda todas as sutilezas artísticas do trabalho que tem em mãos. De uns seis anos para cá, inclusive, a produção desse tipo de obra é tão complexa que o seu criador deixou de ser reconhecido apenas como ilustrador, mas sim autor de uma obra completa (às vezes com texto, às vezes só com imagens) pelas principais editoras do País - trata-se de um nicho de mercado que não para de crescer, a propósito. "É um tempo de grande experimentação, de aproximação com as artes plásticas na sua produção", confirma Fernando Vilela, que, além de ilustrador, também é artista plástico e professor: ao lado de Odilon Moraes, outro nome de prestígio no cenário nacional do livro ilustrado, é responsável pelo curso "A imagem narrativa e a ilustração de livros", no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.

Ou seja: misturando técnicas de desenho com pintura e colagem e usando o computador para finalizar as imagens, Fernando produz um trabalho bem próximo da obra de arte. "O livro ilustrado é uma oportunidade de levar para casa uma arte sofisticada que estimula a educação do olhar, algo importante não apenas para a criança, mas também para os pais dela", afirma. Ter ou não texto, nesse tipo de livro, passa a ser um detalhe.

Como escolher um livro ilustrado?

Livro ilustrado não tem idade. "Ele é universal, atraindo públicos do infantil ao adulto", garante Júlia Schwartz. Ok, mas como saber que livro é adequado para a criança? Tão variada é a oferta que os pais perdem o foco, enchem as mãos de opções nas livrarias e voltam para casa, insatisfeitos com a escolha.

Aos 31 anos, Júlia Schwartz já tem experiência de sobra como editora da Cia. das Letrinhas e mãe (de duas meninas) para orientar papai e mamãe na hora de comprar um livro ilustrado


Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/crianca-precisa-livro-ilustrado-703684.shtml?utm_source=redes_educar&utm_medium=facebook&utm_campaign=redes_educar